Ao todo, 590 assinaturas foram
colhidas durante o manifesto do Movimento Voluntário, ocorrido na manhã
deste sábado (10), na Praça Ary Coelho, centro de Campo Grande. O
manifesto pretende chamar a atenção da população para que seja revisto o
aumento do subsídio dos vereadores, que atualmente recebem um salário
mensal de R$ 9.288 mil, e com o aumento saltaria para cerca de R$ 15
mil.
Além do aumento das cifras, por conta no
número de habitantes, Campo Grande terá na próxima legislatura 29
parlamentares, conforme rege a Constituição Federal.
Saiba mais: População se mobiliza na internet contra aumento de subsídio de vereadores
Quem passou pelo centro de Campo Grande percebeu a mobilização e aproveitou para se informar sobre as questões políticas
O reajuste salarial foi questionado
junto ao presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB),
que explicou: "Temos uma escala em que 75% do que o deputado federal
ganha o deputado estadual ganha e 75% do que o deputado estadual ganha o
vereador ganha. Esse reajuste é feito de quatro em quatro anos. Ele não
é anual, ele não tem um reajuste como todo funcionário público tem
anualmente. É chegada a hora, sempre antes da próxima legislatura de
fazer esse reajuste", destacou a liderança.
Diante da temática, o 'Movimento
Voluntário', criado no Faceboock durante o período eleitoral, resolveu
sair do mundo virtual e mostrar para a sociedade que os componentes da
Casa de Leis devem ser mais atuantes, com ações que auxiliem os
moradores.
“Percebemos que os políticos não estão
trabalhando para o povo e por isso decidimos nos mobilizar para
conscientizar a população. A Constituição Federal delega que o vereador
pode ter um aumento de 0% até 75%, mas achamos abusivo e imoral porque o
trabalho dos vereadores não está condizente com as necessidades da
população. Tá na hora de perceberem que eles precisam favorecer a
população, estamos em um novo tempo de democracia e eles nos mostram que
eles estão trabalhando por interesse pessoal e não para o eleitor”,
pontuou uma das organizadoras do grupo, Patrícia Fonseca.
Com um exemplar da Constituição, Patrícia aponta artigo onde está as informações sobre reajuste
O manifesto atraiu o autônomo, Luiz
Carlos Gomes, que também preencheu o abaixo-assinado. “O trabalhador
precisa trabalhar o mês inteiro para ganhar seu salário e produzir para o
País. Agora, os parlamentares não produzem nada e terão esse reajuste ?
Agora para o trabalhador obter um reajuste salarial precisa ocorrer uma
briga no Senado, é algo inconstitucional”, explanou Luiz que deixou um
recado para a sociedade : “Aquele que votou no vereador tem que cobrar
ações dele, e acompanhar o trabalho na Câmara Municipal”.
Ato foi visto como sinônimo de democracia pelo autônomo Luiz
Transparência
Representantes do Movimento Voluntário protocolaram na Câmara um pedido para serem informados sobre os dias das reuniões ordinárias e acompanhamento de votações dos Projetos de Lei. As assinaturas colhidas durante o ato desta manhã serão utilizadas para dar abertura aos representantes e consolidar a manifestação junto ao grupo de parlamentares. Conforme os organizadores do manifesto, a Lei da Transparência não é cumprida pela Casa e impossibilita o acesso de informações sobre datas e temas que serão debatidos durante as sessões.
Juliana Rezende/ RBV News
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