domingo, 11 de novembro de 2012

Ato contra reajuste na Câmara reúne 500 assinaturas na Capital




Movimento contou com faixas que ilustraram o discurso do Movimento Voluntário
Movimento contou com faixas que ilustraram o discurso do Movimento Voluntário
                                                                             
Ao todo, 590 assinaturas foram colhidas durante o manifesto do Movimento Voluntário, ocorrido na manhã deste sábado (10), na Praça Ary Coelho, centro de Campo Grande. O manifesto pretende chamar a atenção da população para que seja revisto o aumento do subsídio dos vereadores, que atualmente recebem um salário mensal de R$ 9.288 mil, e com o aumento saltaria para cerca de R$ 15 mil.

Além do aumento das cifras, por conta no número de habitantes, Campo Grande terá na próxima legislatura  29 parlamentares, conforme rege a Constituição Federal.
Saiba mais: População se mobiliza na internet contra aumento de subsídio de vereadores

Quem passou pelo centro de Campo Grande percebeu a mobilização e aproveitou para se informar sobre as questões políticas

O reajuste salarial foi questionado junto ao presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), que explicou: "Temos uma escala em que 75% do que o deputado federal ganha o deputado estadual ganha e 75% do que o deputado estadual ganha o vereador ganha. Esse reajuste é feito de quatro em quatro anos. Ele não é anual, ele não tem um reajuste como todo funcionário público tem anualmente. É chegada a hora, sempre antes da próxima legislatura de fazer esse reajuste", destacou a liderança.

Diante da temática, o 'Movimento Voluntário', criado no Faceboock durante o período eleitoral, resolveu sair do mundo virtual e mostrar para a sociedade que os componentes da Casa de Leis devem ser mais atuantes, com ações que auxiliem os moradores.

“Percebemos que os políticos não estão trabalhando para o povo e por isso decidimos nos mobilizar para conscientizar a população. A Constituição Federal delega que o vereador pode ter um aumento de 0% até 75%, mas achamos abusivo e imoral porque o trabalho dos vereadores não está condizente com as necessidades da população. Tá na hora de perceberem que eles precisam favorecer a população, estamos em um novo tempo de democracia e eles nos mostram que eles estão trabalhando por interesse pessoal e não para o eleitor”, pontuou uma das organizadoras do grupo, Patrícia Fonseca.

Com um exemplar da Constituição, Patrícia aponta artigo onde está as informações sobre reajuste

O manifesto atraiu o autônomo, Luiz Carlos Gomes, que também preencheu o abaixo-assinado. “O trabalhador precisa trabalhar o mês inteiro para ganhar seu salário e produzir para o País. Agora, os parlamentares não produzem nada e terão esse reajuste ? Agora para o trabalhador obter um reajuste salarial precisa ocorrer uma briga no Senado, é algo inconstitucional”, explanou Luiz que deixou um recado para a sociedade : “Aquele que votou no vereador tem que cobrar ações dele, e acompanhar o trabalho na Câmara Municipal”.

Ato foi visto como sinônimo de democracia pelo autônomo Luiz
Transparência

Representantes do Movimento Voluntário protocolaram na Câmara um pedido para serem informados sobre os dias das reuniões ordinárias e acompanhamento de votações dos Projetos de Lei.  As assinaturas colhidas durante o ato desta manhã serão utilizadas para dar abertura aos representantes e consolidar a manifestação junto ao grupo de parlamentares. Conforme os organizadores do manifesto, a Lei da Transparência não é cumprida pela Casa e impossibilita o acesso de informações sobre datas e temas que serão debatidos durante as sessões.

Juliana Rezende/ RBV News

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